sábado, 11 de setembro de 2010

Anis.

Eu escrevo porque a vida me consome e as palavras estão aí para isso. Elas compensam aquela infelicidade gratuita, a ingenuidade antiquada - já quase inexistente, o sentimento de não-adequação. E se me pareço estranha, é porque não me sinto satisfeita em entrar na moldura. É bom se sentir estranho. Isso me lembra uma linha tênue. Por um passo, você pode estar na linha do trem, pronto para deixar no mundo apenas as suas lembranças. Se permanecer onde está, sua vida é salva e você ainda é dono da sua luminária e da torradeira na cozinha. Ana, Ana, ela sabe, entende e engole. Será que sente o sabor?

segunda-feira, 8 de março de 2010

It´s such a perfect day.

Coldplay, simplesmente, apresentou um espetáculo emocionante. Quem não era tão fã, se encantou com a simpatia dos ingleses que, além de nos envolverem com luzes roxas, bolas amarelas e borboletas picadas em papel colorido, desceram ao palco para chegar mais perto de nós. Um dia que ficará na memória, até quando a idade permitir!


http://www.youtube.com/watch?v=zz6zVGazw9Y

sexta-feira, 5 de março de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Paixão futebolesca.

Não há explicação. Um ardor e uma explosão tomam conta do peito, resultando num grito forte e alto de apoio ou xingamento. E como a gente se envolve! E como aquela atmosfera de tensão nos envolve! Cantarolamos em uma só voz como se as ondas sonoras movimentassem as pernas dos homens em campo. Batemos palmas como se os estalos guiassem os passos dos atacantes e controlassem o corpo dos zagueiros. E quando o pequeno objeto ultrapassa a linha e balança a rede, ganhamos em troca uma felicidade intocável, não-palpável e inexplicável.

Daquela que nutre o branco, o verde e o grená no coração.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Alcides.

O sorriso no rosto e todas as dificuldades foram recompensadas com um simples nome numa lista de aprovados. Alcides do Nascimento Lins. Carregava nos ombros o peso de uma condição social quase impossível de ser superada. E, aos poucos, começou a percorrer um caminho diferente, um caminho em que a luz, no final, era certa.

Com lágrimas nos olhos e uma tristeza beirando o ódio, assisti ao fim de todo esse brilho ontem. Nessas horas, a vergonha de fazer parte de uma espécie que destrói o próximo, por nada (vale dizer), toma conta de mim. E, todos os dias, com a minha espiritualidade ainda meio não-budista, rezo para que o homem consiga sobreviver a si mesmo.

Férias.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

'Vejo a mesma luz, vejo o mesmo céu, vejo o mesmo mar.'

E além do mais, ela é carioca.

Você pode não gostar de sentir aquelas pedrinhas minúsculas de sal em seu corpo, depois de um banho de mar. Ainda assim, raro é achar alguém que não sinta prazer em ouvir o barulho das ondas e ver os tons variados de azul e verde. E o encontro do mar com o céu, lá no final do horizonte, no máximo esforço de suas retinas em enxergar o que há depois? Belo, simplesmente, perfeito.

Em meio a todo esse ambiente, há uma troca de carinho afetuosa entre cariocas e paulistas. E, por mais que, hipocritamente, lutemos para colocar fim nas diferenças - alimentamos, diariamente, as diversidades. Essa é a graça. Nós temos a graça.


E me preparo pra chegar em Ilha Grande. Até mais!